Mais Algumas Verdades

 

Monstros sempre serão monstros.

 

Existe uma vertente hoje que busca humanizar a figura do vampiro, torná-lo mais "aceitável", ou até mesmo ver essa realidade de uma forma diferente.

 

Alguns gostam da idéia de que "se transformar em vampiro" seria uma forma de obter uma certa imortalidade física.  Afinal de contas, muitos sabem que um vampiro pode viver muitas centenas de anos, talvez até por alguns milênios.  Uma forma de se manter a "eterna juventude".  Mas a que custo?  Será que viver consumindo a força vital de outras pessoas, ou mesmo todo o seu sangue, é mesmo algo aceitável? 

 

Considerando que alguém pudesse se tornar um vampiro, mantendo a sua consciência original, seria capaz de ter essa consciência tranqüila sabendo que depende da morte de outras pessoas?  Ou mesmo que se considere que um vampiro possa se manter apenas consumindo o sangue de outros animais, da mesma forma que nos mantemos comendo carne... Mas acho que isso não tem o mesmo efeito.

 

Alguns poderiam considerar que não é necessário matar suas vítimas, mas apenas consumir uma quantidade suficiente do sangue que uma pessoa produz, considerando que uma pessoa é capaz de repor a quantidade de sangue perdida nessa suposta "doação sangüínea".  Ainda assim, será que isso poderia proporcionar "paz de espírito" a um vampiro?

 

Alguns alegam que em se evitar o contato com o sol, isso em si já proporcionaria um processo de rejuvenescimento.  Teriam coragem de tomar sangue humano?  Será que isso de fato iria nos proporcionar "vida eterna"?

 

Não se iludam, e os filmes antigos de vampiros deixavam isso muito claro: quando uma pessoa se torna um vampiro, a consciência que passa a habitar aquele corpo não é mais a mesma consciência original, mas uma consciência demoníaca voltada a consumir e matar seres humanos, sem o menor remorso ou ressentimento. 

 

Ela poderia enganar os "entes queridos" daquela pessoa usando as memórias daquele corpo, que ficam armazenadas nas células do corpo que essa consciência demoníaca passou a ocupar, mas isso não significa de forma alguma que ainda seja a mesma pessoa, a mesma consciência original.  Eles apenas se utilizam desse recurso para iludir e manipular suas presas. Mas trata-se de um monstro assassino manipulador, e os seres humanos são meros objetos de consumo.

 

E se estamos falando de um corpo físico que foi reanimado por uma consciência demoníaca, também não faz sentido acreditar que não haveria um reflexo desse corpo no espelho!  Afinal de contas, ainda trata-se de um corpo físico que, embora possa apresentar ocasionalmente características diferentes por se tratar de uma consciência diferente, peculiar, e que está se utilizando de um corpo de carne para poder interagir com o mundo físico, e consumir suas presas, ainda assim tem densidade e produz reflexo em um espelho.

Encontro Com A Morte

 

Ela se contorcia em êxtase, alternando orgasmos múltiplos, enquanto aquele macho lindo e faminto lhe devorava a vulva com sua língua longa e hábil e seus lábios colados em sua virilha.  Em dado momento ela sentiu um dedo médio de uma de suas mãos lhe penetrar o ânus enquanto ele continuava a lhe sugar sem parar.  Ela sentia a língua molhada dele penetrando-lhe a vagina, fazendo com que ela gritasse de prazer.  Já não conseguia mais conter seus ímpetos, seus impulsos, e vibrava descontroladamente enquanto era poderosamente devorada por aquele macho viril.

 

Já não conseguia mais estranhar seu toque frio.  No início ela achou estranho o quanto a pele dele era gelada e incrivelmente pálida, mas seus olhos castanhos maravilhosamente penetrantes e hipnotizantes a deixavam totalmente dominada.

 

Banquete de Sangue

 

Dois corpos nus jaziam sem vida em um quarto de hotel.  O homem permanecia deitado na cama, com os olhos esbugalhados ainda guardando uma expressão do mais puro terror.  A mulher encontrava-se jogada no chão, sem vida.  O mais curioso de tudo era que ambos apresentavam rasgos na pele, em regiões de grande fluxo sangüíneo, mas não haviam poças de sangue junto aos corpos.  O homem apresentava um rasgo no lado esquerdo do pescoço, enquanto a mulher apresentava um rasgo do lado interno da coxa direita, bem na região da artéria femoral.

 

Ambos encontravam-se totalmente drenados, sem uma gota de sangue sequer...

 

A Verdade Dos Vampiros

 

Monstros são lindos. 

 

Essa simples declaração pode soar perturbadora e sem sentido, mas existe uma razão para ela existir.  Não se trata de uma admiração insana, de alguém que talvez tenha perdido a razão, ou que simplesmente escolha admirar o lado negro da vida, mas sim de algo que é necessário que seja assim.

 

Monstros precisam ser lindos, do contrário não seriam capazes de atraírem suas presas.

 

Em uma sociedade que escolheu "sexualizar" o mundo em que vive, ser lindo e sedutor tornou-se a melhor forma de atrair suas presas.  Estamos falando de predadores que são extremamente charmosos, muito sensuais, de um magnetismo irresistível.  De seres que se fazem atraentes, usando as melhores roupas, os melhores sapatos, os mais belos vestidos, ou talvez até nem façam uso de tantas roupas assim, escolhendo explorar seus atributos naturais.

 

Em uma sociedade que privilegia a imagem acima de tudo, os vampiros encontram nesse ambiente terreno fértil para sua Maestria de seduzir, subjugar, atrair.

 

Não se enganem de querer acreditar que monstros são seres repugnantes, repulsivos, horrendos.  Talvez muitos daqueles que causam repulsa, guardem em si uma alma boa e generosa, um coração de muito Amor, uma capacidade de ouvir e compreender que muitos duvidariam de poder existir em um ser com tais características físicas.

 

Monstros são lindos, porque sua repugnância não permanece à vista.  E quando ela é notada... Talvez já seja tarde demais.

 

Predadores precisam ser lindos, porque eles precisam atrair, enganar, seduzir.

 

São forças livres da natureza, ninguém pode controlá-los.  E talvez por isso sejam tão sedutores e atraentes.  Em uma sociedade que nos escraviza de várias formas distintas, alguém que vive livre nos mostra um poder tão grande sobre si mesmo, que só isso já atrai e encanta.  Quantos não adorariam serem tão livres quanto esses seres?

 

É algo lindo, sem dúvida.  Mas não se engane, você não pode controlá-lo.  E você não tem como saber quais suas reais intenções.

 

São seres que transbordam sensualidade.  São seres que seduzem só pela intensidade do olhar, pela presença que se impõe por si só, pela atitude incisiva, pela determinação, pelo magnetismo inegável.

 

Monstros são lindos, e são absurdamente sedutores.  Mas você nunca saberá a Verdade deles... Até que seja tarde demais.

A Última Balada

Ela era a típica mulher moderna, bem sucedida profissionalmente e completamente independente.  Saía com as amigas regularmente para curtir a noite, adorava o ambiente de boates para dançar e paquerar.  Nada de namoros, ela não queria compromisso com ninguém, gostava de se sentir livre.  Afinal de contas era uma mulher ainda jovem e queria curtir a vida com tudo que tinha direito.

Era muito ativa sexualmente e gostava de experimentar fantasias diferentes.  Já tinha experimentado vários homens diferentes, penis de todos os tamanhos e formatos.  Sexo oral, vaginal, anal,... Com ela valia de tudo!  Claro que, como uma mulher inteligente e bem resolvida que era, usava camisinha sempre.  Tinha sempre um belo estoque delas guardada na bolsa para todas as oportunidades que apareciam.

Vampiros

Vampiros,

Filhos da solidão;

Nas trevas de sua existência esconde-se

Um passado de tortura e sangue.

Condenado a viver eternamente da morte,

Um assassino por natureza,

Um andarilho noturno,

Um segredo da escuridão.

Orgasmo Sangrento

Já passava das 3 horas da madrugada e ele ainda não conseguia pegar no sono.  Havia a pouco chegado da balada, estava um pouco embriagado, mas ainda assim não conseguia dormir.  Se revirava na cama tentando achar uma posição que lhe fizesse relaxar, mas era em vão que tentava isso.  Ainda estava excitado com o que tinha vivenciado na boate, da ótima noite que tivera.

Lembrava-se das belas mulheres que havia encontrado lá, do bate papo com os amigos depois de uma noite de trabalho exaustivo, dos drinks que tomou.  Mas uma em particular lhe havia chamado atenção, uma belíssima mulher de pele muito alva, de cabelos negros lisos, de olhos cor de mel brilhantes.  Usava um vestido preto decotado, por onde os seios quase saltavam para fora, um decote que seguia até quase o final da coluna vertebral, também revelando um belíssimo par de coxas grossas, de pernas bem torneadas.  Usava um par de scarpins vermelhos que lhe rendiam uma sensualidade e um charme sem precedentes.

Lembrava-se de que ela o encarava continuamente, de forma sedutora e lasciva.  A pele extremamente alva lhe causava certo estranhamento, chegava a ser branca como leite.  Mas apesar disso estava excitado e louco para levá-la para a cama!  Quando finalmente tomou coragem para falar com ela, percebeu que havia sumido inexplicavelmente.  Sentiu-se frustrado, mas imaginava que a encontraria de novo naquela boate.  Despediu-se dos amigos e foi embora.

Já eram quase três e meia da madrugada quando ao se virar em direção à janela percebeu um vulto.  Parecia ser uma silhueta de mulher.  Resolveu acender a luz do abajur para ver se não estava louco, pois morava sozinho naquele apartamento e não havia saído acompanhado naquela noite.

Percebeu que era a mesma mulher da boate.  Começou a lhe fazer perguntas tentando estabelecer uma comunicação, querendo entender como ela havia entrado em sua casa sem que fosse avisado ou que a campaínha tocasse e ele atendesse a porta.  Ela não lhe respondia, permanecia em pé encarando-o firmemente.  Continuava com o mesmo vestido decotado e o par de scarpins.